Genealogistas Brasileiros, os nomes que preservam nossas raízes
Introdução
A genealogia brasileira constrói-se sobre o trabalho de pesquisadores apaixonados que, ao longo dos séculos, registraram famílias, histórias e memórias. Desde o pioneirismo de Luís Gonzaga da Silva Leme, autor da monumental Genealogia Paulistana, até a atuação contemporânea de genealogistas digitais como Rani Macedo, esses estudiosos consequentemente mantêm viva a identidade do nosso povo. Além disso, sua dedicação garante que nossas raízes permaneçam acessíveis e compreendidas. Portanto, neste percurso, vamos conhecer alguns dos nomes mais importantes da genealogia no Brasil.
Genealogistas Clássicos e Fundacionais
Luís Gonzaga da Silva Leme (1852–1919)
Autor da monumental Genealogia Paulistana (1903–1905), publicada em nove volumes, é considerado um dos maiores nomes da genealogia brasileira. Graças a seu esforço, sua pesquisa minuciosa reuniu dados sobre famílias tradicionais de São Paulo e tornou-se a base para milhares de estudos genealógicos. Consequentemente, muitas linhagens paulistas puderam ser preservadas e compreendidas em seus contextos históricos e sociais.
Pedro Taques de Almeida Paes Leme (1714–1777)
Historiador e genealogista de grande relevância, escreveu a Nobiliarquia Paulistana Histórica e Genealógica, obra fundamental para que possamos compreender a formação da elite paulista no período colonial. Além disso, sua contribuição não se limita apenas à história regional; de fato, ela constitui uma das principais fontes sobre as origens, alianças e conexões familiares que, consequentemente, moldaram a sociedade brasileira.
Genealogistas Contemporâneos
Rani (Ranielle) Macedo
Historiador e genealogista potiguar, mestre em História pela UFRN. Criador do projeto Genealogia para Iniciantes — presente no YouTube, Instagram e Facebook —, tornou-se uma das vozes mais conhecidas da genealogia no Brasil. Além disso, é referência no estudo de descendentes sefarditas e atua em processos de cidadania portuguesa. Em 2025, foi palestrante do RootsTech, o maior evento mundial de genealogia, e atualmente integra a ASBRAP.
Marcelo Meira Amaral Bogaciovas (1952–2020)
Historiador e pesquisador do “quatrocentão” paulista, fundador da ASBRAP. Como resultado, suas contribuições ajudaram a consolidar a genealogia como disciplina respeitada dentro da historiografia brasileira.
Marta Maria Amato (1946–2020)
Historiadora dedicada ao estudo das famílias paulistas e mineiras. Especialmente, destacou-se pela coordenação da reedição da Genealogia Paulistana, revisando, corrigindo e ampliando informações. Em resumo, seu trabalho fortaleceu ainda mais a base documental da memória genealógica nacional.
Cau Barata (Carlos Eduardo de Almeida Barata)
Museólogo, genealogista e escritor. Autor do Dicionário das Famílias Brasileiras e de obras sobre elites imperiais e política do Brasil. Adicionalmente, presidiu o Colégio Brasileiro de Genealogia, exercendo influência institucional marcante.
Francisco Antônio de Moraes Accioli Dória
Matemático, filósofo e genealogista. Sócio titular do Colégio Brasileiro de Genealogia, destacou-se por pesquisar famílias tradicionais brasileiras. Ao mesmo tempo, analisou suas conexões dentro do contexto histórico e social, ampliando a compreensão da formação da sociedade.
Bruno da Silva Antunes de Cerqueira
Historiador e genealogista especializado em genealogia dinástica. Desenvolveu estudos sobre a descendência de D. Pedro IV. Dessa forma, sua atuação acadêmica e institucional contribui para compreender a nobreza e suas ramificações no Brasil e em Portugal.
Francisco Teotônio da Luz Neto
Advogado e genealogista piauiense, autor da monumental Genealogia da Família Luz (2003), uma das obras genealógicas mais extensas no Brasil, com quase mil páginas e mais de 15 mil nomes. Sem dúvida, seu trabalho exemplifica dedicação e profundidade na preservação da memória familiar.
Instituições e Projetos Importantes
- CBG — Colégio Brasileiro de Genealogia: fundado em 1950, uma das mais tradicionais instituições genealógicas do país.
- ASBRAP — Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia: promove encontros, publicações e intercâmbio entre estudiosos.
- Projeto Compartilhar: desenvolvido por Bartyra Sette, Regina Moraes Junqueira e Sílvia do Prado Buttros. Considerando tudo, é uma das bases mais completas de genealogia paulista e mineira.
Conclusão
A genealogia brasileira constrói-se, de fato, sobre o trabalho de homens e mulheres que, ao longo dos séculos, registraram famílias, trajetórias e memórias. Assim, de Pedro Taques a Silva Leme, bem como de Marta Amato a Rani Macedo, cada genealogista deixou como herança um fragmento da história coletiva. Consequentemente, graças a esses pesquisadores, hoje podemos reconstruir árvores genealógicas, compreender nossas origens e, além disso, preservar duradouramente a memória do nosso povo. Portanto, cada contribuição individual fortalece o entendimento da nossa identidade histórica, afinal, cada detalhe registrado ajuda a contar a grande narrativa da sociedade brasileira.






